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A mostrar mensagens de fevereiro, 2008

Eternas enquanto duram…

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Kilimanjaro, 20.08.2006 O Monte Kilimanjaro, situado no Norte da Tanzânia, junto à fronteira com o Quénia, deve o seu nome à brancura e ao brilho das neves que foram classificadas de eternas, depositadas ao longo de 11 mil anos, num antigo vulcão. É o ponto mais alto de África com uma altitude de 5, 895 metros no Pico Uhuru. Mais dia menos dia o nome deixa de fazer sentido. O degelo é uma evidência. Em 1900 estimava-se que as neves tinham 12 quilómetros de extensão. Recentemente tinham apenas 2 quilómetros. Em 2005 a organização Climate Change distribuiu uma fotografia aos ministros da Energia e do Ambiente, que estavam reunidos em Londres para discutir as alterações climáticas, com o monte Kilimanjaro, pela primeira vez, despido de neve e gelo. Em Agosto de 2006 pude confirmar a tragédia. Tal como o amor as neves do Kilimanjaro também são eternas enquanto duram…

A pintora nudista

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Colocar fotografias de mulheres nuas podia ser uma estratégia para subir os números do contador de visitas que está no fundo da página mas, garanto-vos, não é essa a linha editorial deste blogue. Acontece que nas curvas da agenda redactorial calhou-me em sorte fazer reportagem da Eros Porto 2008, uma feira erótica, que decorreu no Multiusos de Gondomar. A rapariga que se mostra é uma italiana pseudo-pintora que utilizava decalques na parede para mostrar todas as linhas, orifícios, pormenores, olhares, gestos, poses, cicatrizes, rugas, manchas, intumescências, reentrâncias, sugestões e evidências do próprio corpo enquanto fingia desenhar erotismos imaginários. Era bonita. E tinha um corpo que pedia para ser fotografado. Uma atitude e concentração de pintora a sério. Uma sensualidade pornográfica suportável. E o que lhe pagavam para se exibir devia dar-lhe prazer. Tentei a entrevista influenciado pela nacionalidade transalpina da trabalhadora do sexo. O gestor de mulheres disse-me que nã

Magnólias

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"Esqueceram-se das folhas tão grande era a pressa de florirem" No livro Fogo sobre Fogo , Jorge Sousa Braga extrai mais uma essência poética sobre as magnólias. E foi na ânsia de possuir essa beleza fugaz, que por estes dias enfeita a cidade do Porto, que me muni da minha máquina fotográfica e escolhi como alvo uma magnólia branca que espalha perfume e vaidade no parque do edifício do ACP na Rua de Santa Catarina. Aproximei-me o mais que pude do portão verde gradeado e há que roubar umas imagens como quem assalta uma árvore de fruta. O guarda do ACP olhou-me demoradamente e eu já estava à espera de uma interpelação ameaçadora ou até de uma proibição de fotografar até autorização em contrário. O homem caminhou um pouco na minha direcção e perguntou: - Quer que abra o portão? Perante a minha surpresa indecisa o porteiro voltou a insistir. Disse-lhe que sim. Que era só para fazer umas fotos... - Entre que daqui de dentro vê-se bem e sai melhor na fotografia. A magnólia é fabulo

O que é demais é erro!

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Confesso que achei piada. Quando recebi a anedota no e-mail sobre as intenções da ASAE em verificar as condições higiénicas em que as hóstias e o vinho eram servidos pelos padres nas eucaristias por esse país fora ri-me da imaginação do autor anónimo. De facto, na sanha persecutória da polícia da segurança alimentar só faltava mesmo o assalto às igrejas durante as missas para inspeccionar as qualidades económico-sanitárias do vinho e a certificação das hóstias. Dei comigo a imaginar os diligentes inspectores a pedirem os documentos de origem do fruto da videira e do trabalho do homem, os recipientes onde é guardado e servido, a limpeza dos cálices. Das hóstias a polícia quereria saber a composição e implicaria com o serviço feito à mão pelos sacerdotes cuja lavagem litúrgica não garantirá a higiene regulamentar. Confesso que me ri perante a hipótese hilariante aventada no mesmo chiste vaticinando o encerramento dos estabelecimentos religiosos católicos para desespero dos clientes da fé