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A mostrar mensagens de junho, 2009

Está bem assim?

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Vadio e meigo. O gato siamês orfão teve a sorte de ter nascido cheio de graça. Não morreu vítima da ordem que rege a sobrevivência das espécies e foi adoptado. Inocente, retribui a ventura com uma graciosidade espontânea interagindo com os humanos como se fosse um deles. A beleza sobrevive mais ao infortúnio. Darwin devia saber disso... Quem é capaz de maltratar um olhar como este?

Estrelas ascendentes

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Cada um dos símbolos sanjoaninos cumpre uma função na noite mais longa do Porto. Não se imagina o S. João sem os ruidosos martelinhos, sem a graciosidade do alho-porro, sem os aromas do mangerico, sem o céu estrelado de balões. Não há noite de S. João sem as estrelas ascendentes que transportam os sonhos de milhares de portuenses e os incendeiam perto do céu…

Pistoleiro Ronaldo

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Ainda que a inteligência se tenha alojado nos pés de Cristiano Ronaldo não consigo descortinar a ideia que lhe passou pela cabeça quando decidiu aparecer aos jornalistas e, portanto, à Península Ibérica, com uma t-shirt com um revólver estampado. Pode pensar-se que a exibição do ícone não tem qualquer relevância, mas a teoria cai pela base quando se sabe quanto custa a utilização publicitária de um qualquer recanto do corpo do melhor jogador de futebol do mundo. Pode, de facto, não lhe ter passado nada pela cabeça e ter pegado na t-shirt armamentista que estava mais à mão. Mesmo assim, alguém do séquito de familiares e amigos devia tê-lo avisado que o símbolo não seria apropriado. Tendo a pensar que não foi inocente. Cristiano Ronaldo, depois das aventuras na América com a Paris Hilton, resolveu vir descansar para o Algarve. Os fotógrafos e jornalistas acamparam à porta da milionária mansão à espera de novidades, incomodando a tranquilidade do craque. Depois do incómodo ter dado azo à

Partido da abstenção

O dado mais interessante das eleições europeias, em Portugal, é o valor dos votos em branco: 4,63%. Mais de 160 mil eleitores deram-se ao trabalho e ao incómodo de se dirigirem à sua mesa de voto, simularem o preenchimento do boletim, com a respectiva cruzinha, e fingirem, no momento de enfiarem o voto na ranhura, que no papel dobrado estava o rabisco cruzado da escolha. Acho todo este comportamento indigno. Os eleitores merecem mais respeito. Se não fosse a obrigatoriedade deste comportamento mentiroso, muitos mais teriam votado no não voto. Por isso proponho desde já a formação de um novo partido que redima da vergonha os não votantes militantes e eleja os deputados a que tem direito: PA - PARTIDO DA ABSTENÇÃO. Afinal de contas, mesmo sem qualquer campanha, seria já a sexta força partidária do país. E tem espaço para crescer.

Púcaros de Poesia

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É um bar, em Miragaia, no Porto, e não sei porque se chama Púcaros. O nome faz lembrar, quando muito, um restaurante. A alusão ao significado copo é a ligação mais directa ao espaço nocturno. Pode ser que por aí se faça a conotação. Mas, normalmente, púcaro é um copo para tirar água. Bem, talvez aluda ao local onde se descobrem verdades escondidas, o sítio onde os nabos se tiram do púcaro, ou da púcara. Não faço ideia porque se chama assim ainda para mais sendo um bar onde, às quartas-feiras, a poesia anda à solta pelo meio dos sentidos, sentimentos, corpos e copos... É isso!!! Púcaros são os recipientes usados pelos estranhos seres que frequentam o bar, nesse dia, para tirar sorvos poéticos do poço da literatura. Eles são bruxas, elfos, vampiros, gnomos, ninfas, unicórnios, querubins, anjos, lobisomens e outros que tais, disfarçados de gente comum. Eles devem ter obrigado o Carlos a chamar-lhe assim para que lhes sejam servidas as poções mágicas do pote da sangria. O Carlos é o dono d