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A mostrar mensagens de maio, 2010

Amor em obras

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Estaleiro de obras no fim da A3, à entrada da VCI, no Porto O meu amor por ti é uma via estreita. À medida que me aproximo sinto o chão a fugir-me debaixo dos pés. Sei que quando estiver a chegar vou ter que abrir a vereda com as minhas mãos e construir o atalho que leva ao teu coração. Não desisto. De resto já estou a treinar. Sou empregado de construção civil. Estou ansioso que apareça o sinal de estrada sem saída para cavar o túnel até ao teu peito e atapetar de amor a entrada do teu coração. E depois, com tempo, hei-de conseguir construir uma auto-estrada de muitos sentidos entre nós.

Coração ao alto

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Joana, quero dizer-te bem alto quanto te amo. Pensei num megafone ligado a um amplificador. Pensei numa mensagem na rádio num qualquer programa de discos pedidos. Pensei num spot de televisão. Pensei gritar bem alto no intervalo de um concerto de rock. Tu mereces mais, Joana. Por isso subo ao ponto mais alto e inacessível da ponte da Arrábida e deixo aqui gravado o testemunho do meu afecto. É aqui que o sol de despede da cidade antes de se esvair no mar. É o que eu sinto por ti... vontade de me desprender do alto deste arco que desafia as alturas para mergulhar na profundeza da tua vida. Por ti sou capaz de tudo. E agora vou-me embora antes que venha a polícia... Sou quem sabes: Keita.

Construção de um sonho - A primeira pedra

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É um acto simbólico. O das primeiras pedras. Das ruínas renasce a nova forma. São as mesmas pedras encostadas a outras, formando novos ângulos e vencendo outros desníveis. Tiram-se linhas, marcam-se pontos e dá-se vida ao projecto. O sonho está a parir. A obra nasce.

Vandido...

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Fluvial, Porto Não aguento mais este grito que ameaça explodir-me o peito. Não há folha de papel que consiga absorver a grandeza do meu amor. Declaro-me nesta parede branca virada para o rio, na esperança de que navegues no meu sentimento. Chamo-te gata porque é o nome que usam nas telenovelas quando querem dizer muito bonita. Carla, amo-te tanto que nem dou hipóteses ao hífen de nos separar. Agora é que tu me tramaste. Como posso não retribuir? Como posso ficar insensível a esse clamor esculpido na parede do bar dos pilotos da barra? Roubaste-me o coração... Vandido!!!