Mensagens

A mostrar mensagens de 2019

GRANDES VINHOS PORTUGUESES: Barca Velha

Imagem
Quando se abre uma garrafa de Barca Velha liberta-se o perfume do tempo… No meio da Quinta da Leda, em Almenda, Douro Superior, o diretor de enologia da Casa Ferreirinha escolheu o Barca Velha 2008 para a degustação. O Barca Velha 2008 é o último da lista de apenas 18 colheitas consideradas excepcionais em quase 70 anos. Foi declarado em 2016, esteve dois anos em barricas de carvalho francês e seis anos em garrafa. É este tempo que se liberta quando se abre um Barca Velha. Tudo começou com Fernando Nicolau de Almeida. Nascido numa família do Porto ligada aos vinhos, filho do chefe de provadores da Casa Ferreira, começou com apenas 16 anos a aprender os segredos do Douro. Sucede ao pai em 1950. Sem formação universitária, genial, excêntrico, megalómano, arrogante, visionário. Aprendeu muito nas viagens que realizou às principais regiões vitícolas na Europa.   O sonho de fazer um grande vinho do Douro, sem ser vinho do Porto, foi levado à prática em 1952. E sem outro remédio

GRANDES VINHOS PORTUGUESES: Pêra Manca

Imagem
Pêra Manca é sinónimo de vinho. Um dos melhores vinhos portugueses, feito no Alentejo. Não é novidade, mas pouca gente saberá que o Pêra Manca ainda não completou 30 anos de vida, embora a história do nome possa ser encontrada, no século XV, nas vinhas dos frades do convento do Espinheiro em Évora que já não existe… Diz-se que Pedro Álvares Cabral, quando descobriu o Brasil, levava vinho de Évora. Mais certo é que no século XIX a casa agrícola José Soares fez um vinho chamado Pêra Manca que acabou em 1920 por causa da morte do proprietário e da filoxera. Em 1987 o herdeiro ofereceu a marca à Fundação Eugénio de Almeida e em troca pediu que fosse o nome do melhor vinho da fundação. Assim foi. A primeira colheita é de 1990. 15 colheitas depois quem bebe um Pêra manca saboreia um pedaço de Alentejo.  PEDRO BATISTA: Enólogo  do Pêra Manca 

GRANDES VINHOS PORTUGUESES. Vinho do Porto Noval Nacional 1963

Imagem
Se por qualquer feliz coincidência tem uma garrafa igual a esta perdida em casa, então saiba que lhe deixaram uma generosa herança. Cada garrafa do vinho do Porto Noval Nacional 1963 vale qualquer coisa como 6 mil euros. Uma garrafa de vinho do Porto. A Quinta do Noval existe há mais de 300 anos aqui, no Pinhão, no Douro. Sempre fez vinho do Porto e desde 2004 também faz alguns vinhos de mesa. Em 1993 foi comprada pela Companhia de seguros francesa AXA, que teve o bom senso de continuar a aproveitar o que o Douro tem de melhor.  A quinta do Noval tem 145 hectares. O terroir do Noval Nacional é apenas cerca de hectare e meio, plantado com videiras com uma idade média de 40 anos, em pé franco, ou seja, vides não enxertadas que resistem à filoxera. CARLOS AGRELOS: Enólogo da Quinta do Noval

GRANDES VINHOS PORTUGUESES: Mateus Rosé

Imagem
O que é que têm em comum Amália Rodrigues, Jimi Hendrix, Elton John, Rod Stewart, Steve Jobs, Fidel Castro, o Papa João Paulo II e a Rainha de Inglaterra, entre muitos outros? É que dada altura das suas vidas beberam o vinho português, Mateus Rosé e fizeram questão de o mostrar ao mundo… O Mateus Rosé é um fenómeno no mundo dos vinhos. Não só porque vende 20 milhões de garrafas por ano em 125 países, mas por se ter tornado num símbolo de Portugal no mundo inteiro, através de uma estratégia visionária de Fernando Van Zelller Guedes, congeminada em 1942. Miguel Pessanha: Enólogo do Mateus Rosé

GRANDES VINHOS PORTUGUESES: Alvarinho Palácio da Brejoeira

Imagem
Quando se fala em alvarinho fala-se de vinho. Mas o que é certo, é que alvarinho é o nome de uma casta muito antiga que escolheu o Minho como lugar de residência. o Alvarinho Palácio da Brejoeira é o vinho de referência, fruto do trabalho e da paixão da empresária Hermínia Paes que o tratava como um filho que nunca teve… morreu em 2015, aos 97 anos, mas o alvarinho continua a viver no Palácio da Brejoeira em Monção… JOÃO GARRIDO: Enólogo do Palácio da Brejoeira Alvarinho 

GRANDES VINHOS PORTUGUESES: Vinho do Porto Velhotes

Imagem
O velhotes, com 3 milhões de garrafas por ano, é o vinho do Porto mais vendido.  Pertence ao Grupo Sogevinus que tem a Cálem, Kopke, Burmester e Barros, com caves abertas ao público em Vila Nova de Gaia. Enquanto vinho, o Velhotes tem 85 anos de vida, mas a marca começou a ser concebida uns anos antes pelos responsáveis da Cálem… O quadro que deu origem ao vinho está guardado na Cálem. Ninguém sabe quem é o autor nem quando foi pintado. Sabe-se que é de origem holandesa e que representa um advogado, um juiz e um boticário a fazerem um brinde, com um líquido rubi. Tudo o resto é uma narrativa que se foi construindo ao serviço do vinho do Porto… Enólogo da Cálem: Carlos Alves

GRANDES VINHOS PORTUGUESES: Espumante Raposeira

Imagem
À grande e à francesa… As Caves da Raposeira sempre pensaram que podiam ser a Champagne portuguesa. Desde a fundação, em finais do século XIX, a família Vale Teixeira tentou copiar o sucesso dos vinhos da famosa região no Norte de França. A maior parte dos 120 anos de vida da empresa os portugueses utilizaram o nome Raposeira para dizerem champanhe português… Hoje em dia já sem o prestígio de outros tempos, as Caves de Lamego continuam a liderar a venda espumantes em Portugal. Mais de 2 milhões de garrafas por ano. Seis milhões de euros… E a produção continua a prestar homenagem às origens. Chamou-lhe Champagne enquanto pôde; depois método champanhês, e agora espumante. MARTA LOURENÇO é a enóloga das Caves Raposeira

GRANDES VINHOS PORTUGUESES: Casa de Santar Nobre 2013

Imagem
Para quem aprecia bons vinhos, nada se iguala ao momento em que se abre uma garrafa especial. Extrair a rolha de um Casa de Santar Nobre 2013 é como abrir a porta de uma gaiola e dar liberdade a uma ave, apreciar uma obra de arte ou começar a ler um belo livro de poesia… O Casa de Santar Nobre 2013  é o único vinho tinto que conseguiu a maior das distinções da Comissão de Vitivinícola da Região do Dão.  OSVALDO AMADO é o  Enólogo da Casa de Santar  -->

DEPOIS DO IDAI HEALTH4MOZ RECONSTRÓI HOSPITAL DA BEIRA Uma gota de solidariedade no mar de miséria em Moçambique

Imagem
--> O ciclone IDAI devastou Moçambique a 14 de março deste ano. O pior desastre do hemisfério sul escolheu a cidade da Beira como principal vítima: Mais de 600 mortos; Mais de 1600 feridos; Mais de dois milhões de pessoas afetadas.   Meio ano depois… As feridas graves provocadas pelo ciclone IDAI na cidade da Beira, em Moçambique, ainda não estão curadas. A destruição e os escombros estão misturados com as imagens da pobreza habitual e as desgraças fundem-se. Parece que sempre foi assim. O coração da cidade está doente. O Hospital Central da Beira, que serve a população de quatro províncias, num total de 9 milhões de pessoas, ficou muito maltratado. Daviz Mbepo Simango, Presidente do Conselho Municipal da Beira é, ainda, o rosto do desalento: “Fora do IDAI, olho para o HCB e vejo que há um certo abandono, negligência, desrespeito pela vida humana. São aspetos que têm que ser corrigidos. Não são admissíveis numa sociedade civilizada”. Logo após o IDAI a lim