Pistoleiro Ronaldo

Ainda que a inteligência se tenha alojado nos pés de Cristiano Ronaldo não consigo descortinar a ideia que lhe passou pela cabeça quando decidiu aparecer aos jornalistas e, portanto, à Península Ibérica, com uma t-shirt com um revólver estampado. Pode pensar-se que a exibição do ícone não tem qualquer relevância, mas a teoria cai pela base quando se sabe quanto custa a utilização publicitária de um qualquer recanto do corpo do melhor jogador de futebol do mundo. Pode, de facto, não lhe ter passado nada pela cabeça e ter pegado na t-shirt armamentista que estava mais à mão. Mesmo assim, alguém do séquito de familiares e amigos devia tê-lo avisado que o símbolo não seria apropriado.
Tendo a pensar que não foi inocente. Cristiano Ronaldo, depois das aventuras na América com a Paris Hilton, resolveu vir descansar para o Algarve. Os fotógrafos e jornalistas acamparam à porta da milionária mansão à espera de novidades, incomodando a tranquilidade do craque. Depois do incómodo ter dado azo à irritação, Ronaldo decidiu aparecer, falar e chegar a acordo com os delegados dos orgãos de comunicação social para que lhe desamparassem a loja logo depois da conferência de imprensa.
A pistola estampada no peito é uma ameaça: se não cumprirem o acordo Ronaldo pode recorrer à força. Não seria sequer pioneiro. Maradona, o melhor jogador de futebol de sempre, tentou um dia afastar os jornalistas da porta da vivenda a tiros espingarda de pressão de ar.
Foto do JN

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