Paragem do amor

Para onde vão os amores que foram um dia? Julgo ter encontrado um sítio que é uma resposta à pergunta que Rodrigo Guedes de Carvalho faz no livro Mulher em Branco: Ficam na paragem do amor. À espera...
A paragem do amor é uma vala comum de nomes gritados a várias cores, tamanhos e formas. São lamentos de quem saiu cedo ou tarde de mais. De quem chegou antes ou depois do tempo. São gemidos de quem espera por quem não vem.
A paragem do amor é o apeadeiro dos que perderam a viagem. É um cemitério de metades. É a metáfora do desencontro.
Os amores que já foram não vão: ficam na paragem do amor, indecisos entre o conforto do regresso e a necessidade do embarque. Entre as memórias e o esquecimento.
E tu não vens...
Amo-te solidão!

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